Psicodermatoses: uma análise dos aspectos fisiopatológicos, sociais e dos tratamentos multidisciplinares

Psicodermatoses: uma análise dos aspectos fisiopatológicos, sociais e dos tratamentos multidisciplinares

Artigo publicado em 12/2020.

Revista Eletrônica Acervo Científico / Electronic Journal Scientific Collection | ISSN 2595-7899

https://doi.org/10.25248/reac.e5552.2020

Resumo: Este estudo buscou aprofundar, por meio de uma sistemática revisão bibliográfica, a respeito da psicodermatologia, que trata-se da união da Dermatologia e Psiquiatria, com o intuito de cessar um ciclo vicioso ao qual a existência de distúrbios psicológicos geram alterações cutâneas e manifestações dermatológicas são capazes de levar a alterações psíquicas. Neste ínterim, após uma situação de estresse, por meio de diferentes mecanismos, é desencadeada a liberação de diversos neuropeptídeos e neurotrofinas, que possuem efeitos pró-inflamatórios, principalmente através da ativação de mastócitos, levando a uma inflamação neurogênica. Por conseguinte, com o surgimento de dermatoses, a autoconfiança fica comprometida podendo acarretar o sofrimento psíquico, uma vez que a aparência física é a primeira impressão no contato humano sendo uma importante forma de comunicação. Visto sua importância e impacto psicossocial a abordagem terapêutica deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos da atenção primária, dermatologista, psiquiatra e psicólogo, com o intuito de possibilitar o tratamento das psicodermatoses em sua total complexidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Considerando a consolidação da medicina psiconeurocutânea a partir do século XX e sua importância nos estudos da conexão mente-pele, torna-se evidente a complexa interação entre o sistema nervoso e a pele. Evidências demonstram que o estresse psicossocial altera a capacidade da pele de responder ao meio externo, através de alterações neuroendócrinas e imunológicas, além disso o estresse crônico atua no desenvolvimento, manutenção e agravamento de doenças tanto físicas quanto mentais. Em decorrência do envolvimento de pele, sistema nervoso e mente, o manejo das doenças psicocutâneas deve integrar profissionais da dermatologia, psiquiatria e

Paulo de Mello
Coordenador do GEPECH